Primeiro Padre Surdo Brasil e Familia de Juiz de Fora - Minas Gerais




Palestra sobre Educação de Surdos  - João Pessoa  - Paraiba  e  Instituto Domingo Savio para Surdos   Recife - Pernambuco - - 1977 - Antônio Campos 








 Monsenhor Vicente de Paulo Penido Burnier, Entrei no Seminário Santo Antônio em 1935, quando foi aberto para receber apenas 21 alunos. Minha primeira surpresa foi descobrir que, além da língua português, era obrigatório o curso de latim. Tínhamos o desafio de estudar todo o primeiro semestre para sermos admitidos no primeiro ano de próprio Seminário Menor, onde os estudos duravam 6 anos. Entre tanto, oito seminaristas não foram felizes para serem aprovados nos exames do primeiro semestre.Com a chegada de mais jovem no ano de 1936, consegui matricular-me no curso do primeiro ano do Seminário, que concluí em novembro de 1941. Fui aprovado para o Seminário Maior de São José, de teologia, terminando em 1947. Neste ano, ainda faltava a dispensa da lei canônica para que eu fosse ordenado padre por causa de surdez. Enquanto a resposta à carta escrita por Dom Justino não chegava, fui trabalhar na Cúria Metropolitana de Juiz de Fora, como Notário.
Em 1950, ano Santo, o Sr. Bispo, Dom Justino precisava ir a Roma prestar informações sobre as atividades da Diocese de Juiz de Fora, resolveu me levar para que o Papa tivesse melhor conhecimento sobre a minha pessoa e a possibilidade de me ordenar padre. Chegando a Roma, Dom Justino pediu que chamassem meu irmão, Pe. João Bosco Burnier, para solicitar audiência particular com o santo Padre, o que ocorreu no dia seguinte em sua residência de verão. Assim tive a oportunidade de falar com o papa Pio XII.
Ao entrar no escritório do Papa, ajoelhei-me e perguntei: "poderei ser ordenado padre?" O Santo Padre me levantou e disse: "espere e veremos". Em seguida falava com dom Justino: "Ele já fala bem, mas precisamos estudar este caso especial e depois darei a resposta".

Justamente no dia 31 de janeiro de 1951, dia de são João Bosco, fui ao colégio dos padres Salesi anos, e rezei: "São João Bosco, hoje é o último dia das minhas oração de todos os dias de espera da resposta do Papa Pio XII. Não esperarei mais, porque hoje é o dia da resposta do Papa. Espero que seja uma resposta definitiva porque sei que o processo termina hoje. Por isso, hoje é o último dia do pedido final."No dia 02 de fevereiro fui à missa para a cerimônia dos votos perpétuos, dia preferido dos jesuítas, sempre dia de festa de Nossa Senhora. Festa própria para solenizar o ato importante de vida dos padres Jesuítas. Depois, fui cumprimentar meu irmão pelos voto feitos na sua vida de sacerdote. Depois de me agradecer. Pe. João Bosco me disse estar também alegre por mim, pois o Papa Pio XII havia concedido licença para que eu fosse ordenado. Assim, gostei ver que aquela festa era para os dois irmãos festejarem o dia solene para que eu fosse ordenado. então, esta data foi uma ocasião para festejar e agradecer a Deus pelo dia feliz para os dois irmão. Fiquei muito feliz.Antes de voltar ao Brasil, o Pe. João Bosco e eu fomos agradecer ao Papa Pio XII pelo resultado muito agradável para minha vida. falei com o Papa que prometia rezar por ele no dia da primeira missa. E o Papa perguntou sobre o dia da primeira missa. Eu disse que seria em setembro. Ele agradeceu dizendo: "muito obrigado!" Então, comecei a me preparar para voltar ao Brasil, a Juiz de Fora, marcando para  o dia 22 de setembro de 1951 minha primeira missa. E foi no setembro Santo Antônio, onde tudo começou e aqui estou com muita alegria, ate os dias de hoje. Fonte:Pastoral dos Surdos Monsenhor Vicente P. Burnier


Genealogia - Familia  - França


MARIA ANTÔNIA (Totônia), nascida a 17/06/1858 e falecida a 16/02/1946. Casou-se em 1873 com Miguel Noel Nascentes Burnier, célebre construtor da linha do centro da Estrada de Ferro Central do Brasil. Tiveram 7 filhos:

Henrique Burnier, casado com sua tia Maria Cândida Penido, da qual teve 9 filhos:

    • Henrique José (Juca), casado com Rita de Cássia Pinto. Teve 1 filha:



      • Fátima.
    • Maria, solteira  ( surda), enfermeira cirúrgica;
    • Miguel Noel Nascentes Burnier, engenheiro, casado com Maria Carolina Brochado (Naná), da qual teve 7 filhos:



      • Carolina Maria, casada em primeiras núpcias com Octávio Pires. Teve 2 filhos:



        • Otávio;
        • Lilian.
        Casou-se em segundas núpcias com James Enerst Bowden. Teve mais um filho:
        • Nicholas Alexander.
      • Irene Maria, casada com Lincoln de Araújo Malta. Teve 3 filhos:



        • Maria Eugênia;
        • Aurélio;
        • Jaime.
      • Maria Auxiliadora (Teté), casada com o médico Antônio Carlos Pereira Júnior. Teve 3 filhos:



        • Antônio Carlos Pereira Neto;
        • Francisco;
        • Mariana.
      • Maria Cândida (Dó), casada com Ênio Frota da Silveira, professor de Física Nuclear na PUC-Rio. Teve 1 filha:



        • Aída.
      • Henrique  - Surdo, engenheiro, casado com Maria Teresa de Assis. - Sem Decendentes.
      • Jayme, falecido aos 17 anos.
      • Miguel (Migot), médico, casado com Nora Lia Valdemarin. Teve 1 filha:



        • Maria Carolina
    • Maria Antônia (Totó) - Surda, solteira.
    • João Bosco Penido Burnier, sacerdote jesuíta, falecido no Mato Grosso, mártir da caridade.
    • Antônio Maria (Tonico), sacerdote dominicano com o nome de Frei Martinho, falecido em Uberaba, MG.
    • Maria Cândida (Santinha), licenciada em Letras, professora de francês. Solteira.
    • Vicente de Paulo - Surdo , sacerdote secular, Chanceler do Acerbispado de Juiz de Fora.
    • Olga Maria (Olguinha) Surda, solteira.
05 surdos ,04 ouvintes = total:09 irmãos  ( 3 Padres )
      • Internacional  Padre  Surdo
    04 Padres Surdos Brasil:
    01.Minas Gerais
    01.Paraná
    01.Rio Grande do Sul
    01.Maranhão
    02 EUA
    01 África de Sul
    01 Espanha
    01 Escócia
    01  Coréia de Sul
    Primeiro Brasil Padre surdo profundo
    e outro Padres  são surdez
    13 Freiras são surdas Brasil
    01 freira Itália  - ( acabava Freiras)

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